A aula inaugural do Mestrado em Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) foi realizada dia 13 de setembro, às 20 horas, no auditório do campus, com a palestra do professor Carlos Antônio Brandão, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, que abordou o tema “Desafios do Desenvolvimento Regional do Brasil”.
O evento foi prestigiado por alunos do primeiro mestrado acadêmico da Faccat, professores e estudantes de graduação, além do presidente da Fundação Educacional Encosta Inferior do Nordeste, mantenedora da instituição, Nicolau Rodrigues da Silveira; diretor-geral da Faccat, Delmar Backes; vice-diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Roberto Morais; e coordenador do mestrado, Mario Riedl. Também compareceram ao evento, a vice-diretora de Extensão e Assuntos Comunitários, Marlene Ressler; o vice-diretor administrativo e financeiro, Sérgio Nikolay; e a vice-diretora de Graduação, Ana Cladis Brussius.
A excelência do corpo docente e o envolvimento de todos para que ocorresse o mestrado na Faccat foram aspectos destacados por Mario Riedl como um momento histórico para a instituição, promovendo cada vez mais o alicerce no qual está embasada, de qualidade na educação.
Para o diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, não há desenvolvimento sem qualificar as pessoas da região. “O mestrado, assim como a graduação, tem este objetivo”, ressaltou, lembrando que a pesquisa deve ser mais consistente a partir deste mestrado, que comprova a qualidade da instituição.
O presidente da mantenedora enfatizou que a Faccat é uma casa que já nasceu sob o signo da regionalidade, salientando a importância da trajetória da Faccat nestes 43 anos de atividades, com elogios e destaque ao trabalho e empenho do diretor-geral Delmar Backes que, na sua opinião, já receberia o título de mestre e de doutor “honoris causa” por sua dedicação à Faccat.
Carlos Antônio Brandão, que se considera um militante da temática do desenvolvimento regional desde 1977, abriu a palestra lembrando que somos um país das desigualdes. “Poucas civilizações foram tão excludentes quanto a brasileira. Somos uma mistura de todas as exclusões e também somos a diversidade. Se o Brasil der certo, será por isso, pela diversidade. ”, afirmou o professor. Para ele, o desenvolvimento regional passa por uma visão de escalas, é multidisciplinar. “Qualquer noção sobre este assunto está ligada à ideia de opções, de alternativas. É ser dono do próprio nariz”, argumentou Carlos Antônio, ressaltando, ainda, que desenvolvimento é sinônimo de planejamento, embora não tenha manual de instruções. “Não existem modelos para o desenvolvimento. É como a vida, tenso. Um processo sempre em construção que envolve poderes diferenciados”, afirmou o palestrante.
Texto e fotos: Roseli Santos