A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, fez uma palestra na sexta-feira à noite, dia 16 de outubro, no campus das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), a convite do Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Desenvolvimento Regional da instituição.
Na ocasião, ela falou sobre o tema " Redução da Fome, da Pobreza e da Desigualdade", com base em dados estatísticos do Bolsa Família e outros programas do governo federal.
O evento foi prestigiado pelo presidente da Fundação Educacional Encosta Inferior do Nordeste (FEEIN), mantenedora da Faccat, Nicolau Rodrigues da Silveira; pelo coordenador do mestrado, Mario Riedl; pelo vice coordenador do curso, Carlos Aguedo Nagel Paiva; pelo vice-diretor financeiro da Faccat, Sérgio Nikolay; por acadêmicos e autoridades da região.
O coordenador do Mestrado, Mario Riedl, destacou na abertura do encontro que o maior problema do Brasil é a desigualdade social. “O Ministério do Desenvolvimento Social está enfrentando este problema de frente, conseguindo combater a fome e a pobreza. E o Bolsa Família é responsável pela impressionante redução desta desigualdade”, reforçou o coordenador.
Lembrando o discurso de posse da ministra, quando ela afirmou não existir nada menos educador do que a miséria, o presidente da FEEIN, Nicolau Rodrigues da Silveira, reforçou o objetivo maior da Faccat que é o de combater a pobreza material e promover a grandeza espiritual através da educação. Afirmou que centenas de pessoas são tiradas do “cabo da enxada” ou do “chão de fábrica” quando ingressam no campus da Faccat e são transformadas em profissionais qualificados para trabalharem pelo desenvolvimento nas empresas da região. “Aqui é a casa do combate à fome e à miséria por meio da educação que liberta”, disse o presidente da mantenedora da Faccat.
A ministra Tereza Campello, ciente do ambiente conturbado e negativo para o governo, neste momento, demonstrou com dados estatísticos, apesar disso, que o Brasil é hoje um dos países mais respeitados em relação à área de desenvolvimento humano, segundo indicadores das Nações Unidas. “O Brasil apresentou a terceira maior redução do número de pessoas subalimentadas no mundo no período de 2002 a 2014”, disse a ministra, lembrando que, de 2003 até agora, também houve uma redução de 82% da situação de fome no país, que caiu de 15% para 1,7%.
Tereza Campello destacou as ações de combate à fome, além do Bolsa Família, como os demais programas para aumento da renda e a distribuição de merenda escolar. Segundo ela, o Brasil está conseguindo reduzir a tuberculose por causa do Bolsa Família e dos programas de saúde, por exemplo, e que 36 milhões de pessoas estão fora da faixa de extrema pobreza. Ela ainda salientou que houve 58% de redução da mortalidade infantil e 41% de redução da desigualdade educacional.
Entre outras ações, a ministra citou também a inclusão produtiva urbana através do Pronatec; do Crescer, linha de crédito produtivo orientado; e da economia solidária, assim como a inclusão produtiva rural, com o sistema que já distribuiu 1 milhão e 200 mil cisternas desde o início do governo Lula, para a região nordeste. Tereza Campello ainda lembrou que a população foi beneficiada com mais acesso à energia elétrica, geladeiras, telefones fixos e celulares. “Foram essas alterações estruturais que mudaram a vida dessas pessoas, além da renda”, reforçou a ministra, enfatizando que, além de erradicar a miséria, é preciso erradicar o preconceito contra os pobres neste país.