terça-feira, 12 de setembro de 2017 - 14:09
Palestra abordou empreendedorismo

“Preparem-se para o mercado e nunca para uma empresa. Faça o que o mercado pede. Se qualifique, busque conhecimento, que você não ficará fora do mercado”. Assim o administrador Jonas Cardona Venturini abriu a edição do XV Ciclo de Debates de Administração (CIDEAD), evento promovido pelo Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul (CRA-RS), no campus das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), na noite desta segunda-feira, dia 11 de setembro.

O vice-presidente de Administrativo do CRA-RS, Sérgio José Rauber, representando a presidente do Conselho, Cláudia Abreu, destacou que a valorização da profissão começa por uma formação profissional de qualidade. Para ele, é preciso sair do discurso do empreendedorismo e compreender como podemos colocar em prática ideias inovadoras, refletindo também no desenvolvimento da região.

O evento ainda contou com a presença do delegado da seccional do CRA/RS em Novo Hamburgo, Carlos Roberto Escher; do coordenador dos cursos de Administração e Gestão Comercial da Faccat, Roberto Morais; da vice-presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos, Mara Muck; e do presidente da Fundação Educacional Encosta Inferior do Nordeste, mantenedora da Faccat, Nicolau Rodrigues da Silveira.

Nicolau destacou que o mundo vive em tempos de escassez e que, em momentos como esse, se destaca em importância a ciência da Administração. “Só administrando corretamente é que nós conseguimos extrair dos fatores os melhores resultados”, disse, recordando também que Administração e Ciências Contábeis foram os primeiros cursos implantados na Faccat, que deram origem ao nome da instituição.

Na décima terceira cidade a receber o Ciclo, o palestrante Jonas Venturini trouxe ao público de Taquara conhecimento sobre como a sociedade, o mercado e o mundo mudaram e estão em constante transformação. O tema da palestra foi “O cenário dos negócios no século XXI: Compreendendo a Dinâmica Empreendedora no Universo das Startups e Spin Offs”.

 Ele explicou que no século XX quem mandava no mercado era o produtor. Hoje, com 20 milhões de empresas no Brasil, o produtor perdeu o protagonismo. “A concorrência, a burocracia, a tributação e a fiscalização aumentaram. É preciso gerar experiência de consumo” disse, acrescentando que quem manda no mercado atualmente é o sistema financeiro. “Precisamos promover várias reformas no Brasil, uma delas é a tributária e nós temos até 2032 para fazer com que isso aconteça, pois nesse ano o número de pessoas economicamente ativas se igualará ao número de pessoas economicamente inativas”, revelou.

O ciclo de vida de produto, profissionais e de empresas também foi levantado por Venturini. “Das 500 maiores empresas americanas de 1990, apenas 20% estão funcionando. Vou além, das 500 maiores empresas americanas que existirão em 2030, 80% não existem hoje”, exaltou.

 “O empreendedorismo hoje nasce ou por necessidade ou oportunidade. Aí está um problema no Brasil, em que a maioria dos empreendedores nascem por necessidade, onde não se analisa o mercado para quem vai vender. Já no Vale do Silício, por exemplo, nascem por oportunidade, compreendem onde precisam entrar e o cenário que estão”, apontou.

Ele explicou ainda a diferença entre os conceitos que dão nome à sua palestra, startup e spin offs. “Startup uma empresa com um modelo de negócio inovador dentro de um cenário de incerteza no qual o risco é maior tanto para quem investe quanto para quem empreende. Já spin-offs é um braço inovador de uma startup, como por exemplo o Google Street View”, disse. A partir disso, Venturini apresentou cases de sucesso de marcas como o Netflix, Uber, Amazon, Airbnb, entre outros, e destacou as cinco empresas mais valiosas do mundo, que são Google (1º lugar); Apple (2º lugar); Microsoft (3º lugar); Coca-Cola (4º lugar) e Facebook (5º lugar).

Ele complementou que o grande desafio é inovar em tudo e destacou: “A chave do sucesso é uma só: a persistência. Nada a supera, nem mesmo o talento”, disse, acrescentando que o empreendedorismo vai salvar o Brasil. “Precisamos nos unir pelo nosso país, se não nada vai para frente. Se algum dia eu morar fora do Brasil é para trazer conhecimento para empregar aqui. Não vamos desistir, juntos somos mais, somos a mudança”, reforçou.

Texto: Rafaela Johan/Usina de Notícias com colaboração de Roseli Santos/Assessora de Imprensa da Faccat.

Fotos: Roseli Santos.



Foto do vice-presidente do conselho
Foto do presidente da Fundação
Foto do público
Foto do palestrante
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Foto do público
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