Capacitar para socorrer e atender com mais qualidade a população gaúcha. Com este intuito, representantes de diversas corporações de bombeiros do Rio Grande do Sul estiveram na sede das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), no dia 4 de julho, onde ocorreu o 1º Seminário de APH e Emergência. Na ocasião, os bombeiros puderam aprender sobre a temática Desafios e tendências do APH no Brasil, que foi ministrada pela coordenadora do curso de Enfermagem da Faccat, a enfermeira Claudia Caperalli.
Integrando a programação da qualificação, a enfermeira e coordenadora da Rede de Emergência e Desastre das Américas – OPAS/OMS Brasil, Aline Silva Prado, abordou a temática Parada Cardiorrespiratória e o Suporte Básico de Vida no Ambiente Pré-Hospitalar. Já a psicóloga Carolina Santa Maria palestrou sobre Triagem de Múltiplas vítimas. O major Isandré Antunes de Souza destacou a temática Dimensionamento da cena de emergência. Finalizando os trabalhos, capitão Deoclides Silva da Rosa, comandante do Corpo de Bombeiros de Taquara e das corporações de Parobé e Sapiranga, apresentou o tema O serviço de APH prestado pelo CBMRS: uma reflexão crítica à falta de doutrina e diretriz institucional.
Solenidade de abertura
Participaram da solenidade de abertura o vice-diretor Administrativo e Financeiro da Faccat, Sérgio Antônio Nikolay, o prefeito Tito Lívio Jaeger Filho, o presidente da Câmara de Vereadores de Taquara, Guido Mário Prass Filho, os comandantes do 2º BBM, tenente-coronel Marcus Vinicius Falcão Sperinde e tenente-coronel Franco Andrei Maciel de Brito, entre outras autoridades. Além disso, bombeiros das cidades que pertencem aos batalhões das regionais de Canoas, Santana do Livramento, Caxias do Sul, Ijuí, Rio Grande/Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria/Santa Cruz do Sul também participaram da capacitação.
Suporte Básico de Vida
A coordenadora do curso de Enfermagem da Faccat, a enfermeira Claudia Capellari destacou que no âmbito do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel é preciso ser entendido como atribuição da área da saúde, sendo vinculado a uma Central De Regulação Médica. “Todos os pedidos de socorro médico que deram entrada por outras centrais devem ser imediatamente retransmitidos à Central de Regulação, sendo que os serviços de Segurança e Salvamento devem orientar-se pela decisão do Médico Regulador”, enfatiza Claudia, destacando que os profissionais responsáveis pela Segurança Pública, inclusive Bombeiros Militares, devem realizar o Suporte Básico de Vida (SBV) com ações não invasivas, bastando que sejam reconhecidos pelo gestor público e ajam sob supervisão médico direta ou à distância.
Atendimento padronizado
O capitão Deoclides Silva da Rosa, comandante do Corpo de Bombeiros de Taquara e das corporações de Parobé e Sapiranga, ainda frisa que o Seminário de APH e Emergência tem relevância porque é preciso estar preparado para atender a demanda do Planejamento Estratégico da corporação do Estado, que visa implantar até 2022 este tipo de atendimento. “Este serviço será feito, principalmente nas sedes dos batalhões e nas companhias. Precisamos estar preparados para realizar este serviço com qualidade. Atualmente somente 41 unidades do Estado realizam este tipo de atendimento, mas ainda não de forma padronizada”, ressalta.