Com o objetivo de discutir os cenários da Educação na atualidade para ampliar a formação continuada de professores, estão ocorrendo desde quinta-feira, dia 30, o 2º Seminário Internacional de Educação, o 4º Seminário Nacional de Educação e o 19º Seminário de Educação Infantil. As atividades ocorrem no campus das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat). A capacitação termina neste sábado, dia 1º de setembro, com a explanação da engenheira agrônoma e presidente do Instituto de Permacultura do Pampa (IPEP), a professora Tatiana Cavaçana, que ministrará a palestra Permacultura - Multiculturalidade, Diversidade, educação no Campo, Educação indígena, educação quilombola, a partir das 9 horas, para os professores participantes do Seminário Internacional e Nacional de Educação. Já a professora Patrícia Reis, coordenadora de etapa Educação Infantil da BNCC do Rio Grande do Sul, realizará a palestra Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento da Educação Infantil, para os docentes do Seminário de Educação Infantil.
Nada na vida é definido
No decorrer dos seminários, diversas oficinas temáticas foram feitas e reflexões sobre o rumo da Educação também foram apontadas. Na manhã de sexta-feira, 31 de agosto, a professora da UFRGS, Maria Beatriz Luce, destacou pontos da Base Nacional Comum Curricular. Para ela, o ensino é uma construção sem fim. “Precisamos ter noção de que nada na vida é definido e que nada está pronto. É necessário sempre repensar”, destaca. Maria Beatriz ainda comenta que todos são seres de história, que tem um passado, presente e um futuro. “É preciso realizar uma reflexão profunda e conjunta sobre a crise na educação, sobre a base curricular. Se vivemos num País em crise, isso afeta a educação, reflete no presente. Precisamos como educadores, trabalhar a noção de esperança, com o horizonte de futuro”, analisa.
Novas tecnologias
Na abertura dos seminários, que ocorreu na quinta-feira, dia 30, à noite, além de apresentações culturais, o professor Ignácio Vicente Aloise Pons, da Universidade Católica de Múrcia (UCAM), abordou a temática Cenários e Perspectivas da Educação, no Centro de Eventos da Faccat. “Estes tempos ouvi nos noticiários a discussão em Brasília sobre a educação domiciliar. Na minha opinião pessoal, a educação domiciliar necessita de uma estrutura sustentável e ela não pode ser discutida somente no caráter político”, alertou Pons. O pesquisador também destacou que os professores devem se adaptar às novas tecnologias. “Temos muita inteligência artificial que nos assistem e ela nos condiciona para o futuro. E nós educadores seremos atores fundamentais para saber se este condicionamento será ou não positivo”, analisa.
Conhecimento é fundamental
Na avaliação do diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, destaca que o conhecimento não é mais uma opção, mas sim uma necessidade. “Nós não podemos ser dominados por falsas ideias, por coisas factoides e depois temos que recuperar 20, 30, 50 anos perdidos. É momento de muito aprendizado, de muitas trocas”, sintetiza.