Há 25 anos surgia o projeto de Informática para a Terceira Idade nas Faculdades Integradas de Taquara (Faccat). De lá para cá, milhares de pessoas já conquistaram seu certificado e entraram para o mundo tecnológico, com domínio em redes sociais e com conhecimento em informática. Para a coordenadora do programa, Céris Toledo, é emocionante ver o resultado depois de cada oficina. “Eu me realizo com este trabalho”, enfatiza. Para marcar os 25 anos, ocorreu uma grande integração na noite de 3 de dezembro, no auditório 3 do Centro de Eventos. No local, 96 idosos participaram da solenidade de formatura das oficinas de 2019. Uma homenagem aos bolsitas que já auxiliaram no projeto ao longo do tempo também foi realizada. “Em março iniciamos com duas turmas, mas logo tivemos que ampliar e o resultado final foi de seis turmas. Encerramos as aulas no começo de dezembro”, revela Céris.
As aulas ocorreram nas segundas-feiras (manhã e tarde) e nas quartas-feiras pelas manhãs. “Nas segundas atendemos quatro turmas, e nas quartas, duas turmas”, explica a coordenadora do programa. “Sou muito feliz. É uma satisfação ver os idosos chegando no primeiro dia aula e ver que depois de duas semanas eles já conseguem trabalhar sozinhos. E as tecnologias vem vindo, e cada vez mais temos que estar preparados. Minha preocupação é ensinar didaticamente”, comemora Céris.
Avanços na iniciativa
Na avaliação do vice-diretor de Extensão e Assuntos Comunitários da Faccat, Dorneles Sita Fagundes, o programa de Informática para a Terceira Idade é muito importante e deve ser cada vez mais valorizado. “É um trabalho muito sério. Que continue firme e forte. É importante este momento. A participação de bolsistas ao longo do projeto foi fundamental para o avanço desta iniciativa. Muitos formandos já têm vários certificados e isso mostra que o projeto é muito bom, pois todos os anos, os participantes querem dar continuidade”, ressalta Dorneles.
Já o diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, salienta que os 25 anos é uma data significativa. “Muitas instituições estão iniciando este projeto por agora como sendo inovador, e nós já trabalhamos com isto desde o século passado. A Céris tem vontade, tem dedicação e milhares de pessoas já passaram por este programa. Lá no passado já prevíamos que teríamos que preparar a sociedade para isto. Hoje temos uma nova realidade. Há mais pessoas com mais de 60 anos do que jovens de zero a 14 anos. Então os idosos devem estar preparados para viver neste novo tempo das tecnologias”, finaliza.
Texto e fotos: Claucia Ferreira/Faccat