Mesmo em tempos de pandemia, a formação de professores não pode parar. A qualificação é essencial para ampliar o conhecimento, e neste sentido, as Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) promovem encontros virtuais com o corpo docente da Instituição. O primeiro bate-papo via Google Meet, ocorreu no dia 3 de agosto. Estes encontros ocorrerão periodicamente até o dia 14 de dezembro. A Formação Docente – Compartilhando Saberes da Faccat está possibilitando o debate, em Workshops e Webinars, sobre diversas temáticas entre as quais estão: “Os desafios docentes em época de novo normal”; “Instrumentos de avaliação em aulas remotas”; “Usando o Google Classroom”; “Ação Docente: Um contexto em transformação”; “Ferramentas Tecnológicas para o Ensino e Aprendizagem On-line”; “Criação de vídeos em dispositivos móveis”; “Relação professor-aluno e o processo de aprendizagem”.
No dia 5 de agosto, a temática foi “A Extensão no Currículo” e contou ainda com a participação de convidados especiais como o reitor da Universidade São Francisco, Presidente da Editora Vozes, relator da Comissão que estabelece as diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, Gilberto Gonçalves Garcia; pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade da Região de Joinville - Univille, presidente do Fórum Nacional de Extensão Universitária das Universidades Comunitárias (FOREXT) e coordena a Câmara de Extensão da Associação Catarinense das Fundações Educacionais Comunitárias (ACAFE), Yoná da Silva Dalonso; assessor da Vice-Reitoria de Extensão da Universidade de Passo Fundo/UPF, Membro do Movimento Brasileiro de Cidades Educadoras/SP, Avaliador de Tecnologias de Educação Integral na Secretaria de Educação Básica/SEB/MEC, Márcio Tascheto da Silva.
Ensino e Pesquisa
Para o professor Garcia, a extensão nada mais é do que um modo de aprendizagem que condiciona o ensino e a pesquisa a uma interação profunda com os setores da sociedade, gerando um processo de constante retroalimentação. “ Anteriormente, extensão era associada a uma visão assistencialista para com a sociedade. Campanhas, cursos livres e prestação de serviços não contemplavam a aprendizagem do estudante, mas a perspectiva de que a instituição precisava ir ao encontro da sociedade no sentido de suprir carências e demandas”, destaca o reitor da Universidade São Francisco. Ele ainda comenta que com a curricularização, o estudante passa a aprender pela resolução de problemas em equipe, o que vai provocar nele o interesse pela investigação.
Porta de entrada das instituições
Já para a professora Yoná, a extensão é um fazer acadêmico que deve fazer sentido para o estudante. “Historicamente, havia nas instituições de ensino um privilégio ao ensino e à pesquisa, ao passo que a extensão era vista como algo não obrigatório. Era desenvolvida com um olhar fragmentado”, explica Yoná reforçando ainda que a curricularização da extensão exige atrelamento com a interdisciplinaridade, interprofissionalidade e transdisciplinaridade. Além disso, a extensão deve ser a porta de entrada das instituições para os diferentes problemas que afligem a população.
Desafios impostos pela curricularização
Na opinião do professor Márcio Taschetto, há cinco desafios impostos pela curricularização da extensão, que são:
- universalidade da extensão aos estudantes e não para um número restrito.;
- extensão como modo de aprendizagem;
- arranjos em relação ao currículo;
- impactos das ações nos diferentes setores da sociedade
- necessidade de pensar sobre o território (como ele pode se tornar educativo)
O diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, ainda destaca que a extensão está presente no DNA da Instituição sempre com boas avaliações do Ministério da Educação (MEC). “Era uma atividade mais institucional, menos com os alunos. Agora precisa ir para a sala de aula e envolver os acadêmicos, buscando a transformação das comunidades”, sintetiza.
Texto: Claucia Ferreira/Faccat
Fotos: Divulgação