A coordenação do curso de Pedagogia da Faccat e a Associação Brasileira de Psicopedagogia do Rio Grande do Sul realizaram no último sábado, dia 16 de agosto, a I Jornada de Psicopedagogia do Vale do Paranhana. O encontro abordou o tema "A formação e o exercício da Psicopedagogia em discussão", no auditório do campus, com o objetivo de redimensionar a discutir a formação do psicopedagogo nos múltiplos espaços de atuação institucional e clínico. O evento lotou o auditório do campus com acadêmicos e profissionais da área de toda a região.
A programação da jornada iniciou com a conferência “A formação do psicopedagogo em diversos espaços de aprendizagem”, com a professora, doutora em Educação e psicopedagoga, Marilene Cardoso. Ela destacou aspectos de como a psicopedagogia pode contribuir no processo educacional para que não ocorra o fracasso escolar. Também falou da atuação em espaços não formais de aprendizagem, como hospitais e outras instituições. Segundo ela, a psicopedagogia tem hoje o suporte de várias áreas de conhecimento com amplas possibilidades de atuação. “Hoje, os recursos psicopedagógicos são bastante procurados em razão dos grandes problemas de aprendizagem que também aumentaram com o agravamento das questões sociais e familiares, e não só devido a aspectos neurológicos”, destacou.
“O transtorno Déficit de Atenção Hiperatividade (TDAH) e a aprendizagem” foi o tema da palestra com a neuropediatra doutora Lygia Ohlweiler, que prosseguiu a jornada falando da importância dos educadores reconhecerem as dificuldades de aprendizagem da criança para que possa ser encaminhada a um tratamento adequado. “Cada vez mais, os professores estão buscando esclarecimentos e se atualizando sobre esse problema”, disse ela.
À tarde ocorreu a conferência “A plasticidade cerebral e a aprendizagem”, com a professora e doutora em Educação, Eva Regina Carrazoni Chagas. Ela destacou a capacidade que o cérebro tem de mudar e aprender ou recuperar-se de problemas. “É importante escolhermos estratégias e recursos adequados para potencializar essa capacidade de transformação que o cérebro tem”, ressaltou a professora, lembrando que para isso é preciso mudar o olhar, também. Segundo ela, mudando a forma de abordagem e de tratamento, criam-se novas possibilidades para todos e a aprendizagem acaba acontecendo de fato. “Os professores estão cada vez mais se apropriando desse conhecimento e fazendo uso desse aprendizado”, argumentou a professora.