Uma proposta desenvolvida durante a formação Sthem, em abril deste ano, em São Paulo, resultou num projeto premiado que será implantado na próxima semana na Escola Municipal Águas Brancas, em Três Coroas. A ação será aplicada de forma conjunta com os cursos de Matemática e de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat). O projeto “Pulmão em Ação” foi desenvolvido por representantes da Universidade do Vale do Taquari (Univates); Universidade Cesumar (Unicesumar); e pela professora Lucieli Martins Gonçalves Descovi, da Faccat.
“No início do ano, o professor diretor-geral, Delmar Backes, entrou em contato me convidando para participar da Formação STHEM em São Paulo, onde realizei durante 3 dias, oficinas e projetos de pesquisa com uma excelente equipe da Sthem”, explica a docente Lucieli Martins Gonçalves Descovi.
Após os dias de capacitação, as consorciadas de todo o Brasil apresentaram, em grupos, um projeto de aplicação para ser desenvolvido com alunos e professores de escolas públicas. Os melhores projetos foram premiados, entre eles, a proposta “Pulmão em Ação”. “Essa experiência tem me motivado a buscar metodologias que impulsione a pesquisa e que seja possível de ser desenvolvida para qualquer público, crianças, adolescentes ou adultos. Me sinto honrada em participar deste estudo e representar nossa Instituição que sempre possibilita a inovação”, ressalta Lucieli.
O projeto também será aplicado no Lar da Menina (Lajeado/ RS) e no Instituto Educacional de Maringá (Maringá/PR).
Resumo do projeto
A robótica educacional é uma ferramenta multidisciplinar capaz de atender diferentes conceitos e perspectivas do aluno durante a exploração. Visando abordar um tema que faça parte da realidade dos alunos do Ensino Fundamental II, pensou-se nos malefícios causados pelo uso do cigarro eletrônico. De acordo com a legislação vigente, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovem as alegações atribuídas a esses produtos. A utilização do cigarro eletrônico por adolescentes em idade escolar tem se tornado uma preocupação crescente devido aos seus malefícios à saúde. Embora muitos jovens acreditem que os dispositivos eletrônicos sejam uma alternativa mais segura ao cigarro convencional, estudos científicos têm demonstrado que eles também apresentam riscos significativos. O uso do cigarro eletrônico entre adolescentes pode levar ao vício em nicotina, uma substância altamente viciante, afetando negativamente o desenvolvimento cerebral e o desempenho acadêmico. Além disso, esses dispositivos frequentemente contêm produtos químicos tóxicos e metais pesados, que podem causar danos pulmonares e cardiovasculares a longo prazo. É essencial conscientizar os jovens sobre os perigos do uso do cigarro eletrônico, promover programas de prevenção e fornecer informações claras sobre os seus impactos negativos na saúde, a fim de proteger a próxima geração de potenciais danos irreversíveis. O presente projeto prevê a formação dos professores envolvidos em um curso de extensão online para a utilização da metodologia STEM em sala de aula, destacando os seus objetivos. Em outro momento, os alunos e os professores envolvidos participarão de uma palestra sobre o funcionamento do sistema respiratório. A partir disso, os alunos serão questionados a respeito de algumas condições que afetam a saúde do sistema respiratório, especialmente em relação à utilização do cigarro eletrônico. A metodologia utilizada será o Master Chef, proposta que disponibiliza os ingredientes e a receita a serem utilizados para a simulação dos efeitos crônicos do cigarro eletrônico sobre o funcionamento do pulmão. As etapas do Master Chef consistem em: 1) recepção; 2) ingredientes (a palestra aos alunos e professores); 3) receita (planejamento e orientações para o protótipo robótico); 4) preparação da sobremesa (apresentação do vídeo inspirador para a construção do protótipo robótico); 5) organização do salão de refeições (construção do protótipo robótico); 6) hora de servir (feira de apresentação e defesa do seu produto). O produto será um protótipo robótico de um pulmão quando inspirando fumaça semelhante aos efeitos do cigarro eletrônico. Esses protótipos serão apresentados em uma feira realizada na própria escola ou instituição envolvida, momento em que será escolhido o grupo que fará a melhor defesa de seu protótipo robótico. Esta escolha será realizada pela comunidade escolar envolvida na feira.
Autores: docentes Audrei Pavanello; Grasiela Kieling Bublitz; Lucieli Martins Gonçalves Descovi; e Maria Claudete Schorr.
Sobre o Sthem Brasil
Entre os dias 23 a 26 de abril, em São Paulo, aconteceu a Formação Sthem Brasil. Na ocasião, foram três encontros presenciais, contando com a participação de 30 docentes de diferentes instituições consorciadas. A capacitação ocorreu com o patrocínio da Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (PADF) e da Boeing.
Representando a Faccat, a professora Lucieli Martins Gonçalves Descovi, do curso de Matemática, participou de todas as atividades.
O objetivo é capacitar docentes, a fim de utilizar metodologias inovadoras voltadas à pesquisa e ao ensino.
Texto: Claucia Ferreira/Faccat
Foto: Ana Mattana/Faccat
