Uma pesquisa desenvolvida por um egresso do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) foi publicada, recentemente, na revista científica internacional Physiotherapy Theory and Practice, referência na área da reabilitação. O estudo, fruto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Diego Alessandro de Oliveira Padilha, investigou se a posição do braço oposto interfere nos resultados do Teste Neurodinâmico de Membro Superior 1 (ULNT1), que é um exame amplamente utilizado por fisioterapeutas para avaliar a sensibilidade dos nervos do braço.
O trabalho “Impact of contralateral limb positioning on upper limb neurodynamic test 1: An electromyographic and range of motion analysis”, contou ainda com a participação dos pesquisadores Lívia Kirsch Damasceno e Rafael Baeske (docente da Faccat). Ao todo, 49 voluntários saudáveis participaram da pesquisa, que comparou duas condições durante a aplicação do teste: com o braço oposto posicionado ao lado do corpo e acima da cabeça. Durante a execução do ULNT1, foram medidas tanto a movimentação do cotovelo quanto a atividade elétrica dos músculos do braço e do pescoço por meio de eletromiografia.
Resultados reforçam confiabilidade do ULNT1
Os resultados apontaram, segundo os pesquisadores, uma variação de apenas 2,2 graus no movimento do cotovelo entre as duas posições analisadas — uma diferença considerada pequena demais para ter impacto prático. Além disso, não houve alterações significativas na atividade elétrica muscular, o que indica que a posição do braço oposto não influencia os resultados do teste em pessoas sem dor ou disfunções neurológicas.
Para os pesquisadores, os achados oferecem maior segurança na aplicação do ULNT1 na prática clínica. “Esse tipo de evidência fortalece a confiança dos profissionais na hora de interpretar o teste e pode contribuir para avaliações mais precisas e padronizadas”, destaca o professor Rafael Baeske, que foi também o orientador de TCC do egresso Padilha.
Formação acadêmica e ciência de qualidade
Além de sua contribuição científica, o estudo destaca a importância da pesquisa na formação acadêmica. “Trabalhos como este reforçam o aprendizado, estimulam o pensamento crítico e mostram como o ambiente universitário pode gerar conhecimento relevante para a área da saúde”, comenta Baeske.
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